abril 05, 2010

O ingrato trabalho do tradutor na lusofonia

Desidério Murcho, que não passa uma semana sem publicar comentários instigantes no blog Crítica, escreve hoje um ótimo texto em defesa de Denise Bottmann e sua corajosa campanha contra o plágio de traduções no Brasil. Levando o problema para o âmbito dos países de língua portuguesa, sem excluir Portugal, Murcho acerta na mosca: “na lusofonia, o tradutor não é considerado um autor, o que é inaceitável. Os nomes dos tradutores de países culturalmente mais sofisticados vêm na capa dos livros, e os tradutores têm direitos intelectuais sobre a sua tradução: são co-autores, juntamente com o autor original. É um trabalho intelectual criativo, único, irrepetível. E que dá muito, muito trabalho, para ser bem feito. É inaceitável usar o trabalho de um tradutor, eliminando-lhe o direito de autoria”.

Aos interessados em acompanhar o debate, sugiro que leiam o blog de Denise, Não gosto de plágio, e, caso se sensibilizem com sua causa, assinem o Manifesto de Apoio que conta com quase três mil assinaturas. Como já afirmei aqui em outras oportunidades, Denise Bottmann presta inestimável serviço à cultura brasileira, ao mercado editorial e a todos nós, que amamos os livros.

Um comentário:

Anônimo disse...

É bom viver este momento em que a preocupação com este tipo de questão está sendo maior.