maio 22, 2012

Ecclesia militans


Hoje, muitos acreditam que a verdade não pode ser simples, objetiva, clara. O relativismo transformou a realidade num cenário nebuloso, opaco, no qual todos têm razão. Ou seja, onde ninguém está certo.

Em meio a estes dias turvos, quando grande parte dos intelectuais e da mídia nos dizem que bem e mal são indistinguíveis, o mal se traveste de humildade – e a mentira de inteligência. Palavras que, num primeiro momento, impressionam agradavelmente, refletem, depois de breve análise, o seu caráter contraditório e, muitas vezes, nocivo.

Numa realidade assim, o discurso de Bento XVI, proferido ontem, num encontro informal com os cardeais, ganha relevância surpreendente: “Hoje, a expressão ecclesia militans está um pouco fora de moda, mas, na realidade, podemos sempre compreender melhor que ela é verdadeira, carrega em si a verdade. Vemos que o mal está dominando o mundo e que é necessário entrar em luta contra o mal. Vemos como ele o faz de tantas maneiras, cruéis, com as diversas formas de violência, mas também mascarado como bem e destruindo, dessa forma, os fundamentos morais da sociedade”.

Na verdade, vivemos uma guerra permanente contra o mal, contra as falácias da herança iluminista e marxista – e, portanto, contra a mixórdia de niilismo e desconstrucionismo que assola o pensamento. Vivemos uma guerra cultural – e tenhamos certeza: somos convocados a participar dessa luta.

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