junho 05, 2012

Três indicações de leitura para quem não se considera um obstinado esquerdista


Se você, caro leitor, não se considera um esquerdista contumaz, talvez tenha chegado o momento de informar-se um pouquinho sobre o que está acontecendo na face da Terra. Para tanto, indico três livros indispensáveis:


A tese central deste livro é que a esquerda, havendo fracassado durante o século XX em seu programa clássico (o socialismo), substituiu, no século XXI, a revolução socioeconômica pela moral-cultural. A esquerda, assim, já não tem um projeto econômico, mas um projeto cultural de “engenharia social”.


Eugenia Rocella e Lucetta Scaraffia mostram, nesta obra, que os direitos humanos, aos quais se referem todas as organizações sociais, vêm perdendo, ao longo dos anos, sua característica original de código ético, convertendo-se, pouco a pouco, na base ideológica de um relativismo totalitário.


O livro de Monsenhor Juan Claudio Sanahuja aprofunda as questões levantadas nas obras anteriores, fazendo-nos lembrar, a cada página, as palavras do cardeal Jean Daniélou: “Não há nada pior que um idealismo otimista, em cujo nome certas civilizações se consideram como representantes dos valores autênticos”.

Estes três livros falam, basicamente, da nova ética que está sendo engendrada nos bastidores da política mundial; na verdade, uma religião laica e ateia, cujos princípios são muito simples:

1) Bem e mal são conceitos relativos, variáveis de acordo com cada subjetividade. Nada é bom ou mau em si.

2) As verdades são mutáveis, ditadas por qualquer cientista que possua respeitabilidade midiática ou anuência da Organização das Nações Unidas (ONU).

3) O conceito de “direitos humanos” será permanentemente passível de modificações, negociado e alterado ao sabor das pressões políticas e midiáticas.  

4) O centro da vida humana é o corpo. Cabe ao homem satisfazer suas vontades, seus apetites, livre de qualquer injunção, salvo as estabelecidas pelos partidos que, momentaneamente, ascendam ao poder, dos quais pode-se discordar em silêncio, desde que estejamos prontos a obedecê-los.

Ou seja, nada mais que a arrogância humana – levada ao seu extremo.